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A Gestão e Liderança do Professor na Sala de Aula Como Promotor da Concentração do Aluno na Aprendizagem

Bons professores são aqueles que assumem o seu trabalho docente orientados por uma perspectiva proativa em relação a ao seu papel e à possibilidade de orientar os alunos, assumindo o compromisso de mobilizar a energia e a atenção dos alunos no processo de aprendizagem e construção do conhecimento, ativando os seus processos mentais para a observação, a análise, a comparação de fatos, fenômenos e circunstâncias e a inferência de interpretações, dentre outros aspectos.

Segundo essa perspectiva o aluno é percebido pelo professor como um ser humano com experiências de vida peculiares e dotado de potencial para o desenvolvimento, que alcança, na medida em que é ativamente envolvido no processo ensino-aprendizagem. Desse modo, o professor se vê como um agente responsável por desbloquear possíveis empecilhos e entraves a esse desenvolvimento pela aprendizagem e participação e envolvimento do aluno em suas atividades. Vale dizer, o professor considera o espaço de sala de aula como um ambiente de interação em que entram em jogo, como elemento mobilizador ou desmobilizador, medos, ansiedadades, percepções, tendências de alunos e de professores em interação. Estar consciente desses aspectos e das suas influências no comportamento dos alunos é uma condição importante para a promoção de um ambiente de aprendizagem positivo na sala de aula e faz parte da ação docente nesse contexto.

Portanto, conforme identificado em pesquisas sobre a efetividade de escolas em âmbito mundial e de contextos os mais diversificados, bons professores se percebem como importantes agentes do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, comprometem-se com os esses resultados e atuam com dedicação e de forma criativa, na obtenção desses resultados. Dificuldades são consideradas como parte do processo ensino-aprendizagem e também como estímulo para o trabalho pedagógico, que se torna um extraordinário campo de desenvolvimento de competências docentes pelo professor (ICSEI, 2013).

Sabe-se que esse trabalho é desafiante, uma vez que um aluno é diferente do outro, que cada aluno aprende em seu ritmo próprio e muitas vezes, a partir de estilos próprios. Por outro lado, tendo em vista inadequados hábitos adquiridos no próprio contexto escolar, em decorrência da falta de habilidades de seus professores, os alunos apresentam um conjunto de comportamentos e atitudes que interferem negativamente em sua aprendizagem e na de sua turma. Compreender essas diferenças e atuar de maneira a redirecionar a sua energia para a promoção da aprendizagem dos alunos faz parte do desafio docente e se constitui no cardápio de sua atuação. Levar em consideração boas práticas nesse sentido é pois uma importante estratégia para superar dificuldades e desenvolver competências docentes.

O Congresso Internacional sobre a efetividade e melhoria das escolas (ICSEI 2013) corroborou, nas pesquisas apresentadas, algumas competências importantes e necessárias para que os professores possam construir em sua sala de aula ambiente favorável à concentração do aluno nas atividades de aprendizagem, e que evitam a agitação, a dispersão e a comunicação entre colegas sobre assuntos diferentes dos referentes ao foco da aprendizagem pretendida. No artigo desta autora, publicado no exemplar anterior desta revista (mês de janeiro), foram apontadas três condições que se coadunam com os resultados de investigações realizadas sobre a efetividade das escolas: i) na prática do professor estão as bases da mudança que pretendem alcançar; ii) alunos respeitam professores seguros, confiantes e competentes em seu trabalho; iii) não se controla os alunos, e sim a situação em que eles estão envolvidos.

Neste artigo são apontados mais dois pressupostos relacionados ao interesse dos professores na construção de disciplina como elemento do processo educacional e que tem sido utilizado pelos professores contribuem para a melhor qualidade do trabalho educacional, e melhores resultados de aprendizagem: i) disciplina se constitui em uma condição processual contínua e dinâmica ativa focalizada na aprendizagem, em vez de episódio ou evento e ii) disciplina é resultado de relação interpessoal na sala de aula.
Disciplina não se constitui em um episódio ou evento e sim em um processo e uma dinâmica

Uma das circunstâncias mais comuns na dificuldade dos professores de realizarem experiências de aprendizagem de forma organizada com a atenção dos alunos focada nesse processo e seu objeto é considerarem situações consideradas como “indisciplina” como um episódio pelo qual os alunos diretamente envolvidos são responsáveis. Como conseqüência dessa percepção limitada e até mesmo reativa, professores concentram sua atenção em reprimir comportamentos que consideram como indisciplina, corrigir os alunos e gastar tempo em lições de moral para esses alunos, desviando a atenção própria e dos alunos do foco da aprendizagem e deixando de construir um ambiente dedicado à formação e à aprendizagem do comportamento humano como processual, circunstancial e evolutivo, marcado por altos e baixos, por tensões e distensões, por, compreensões e incompreensões, por contradições a serem compreendidas e solucionadas, como parte de um movimento formativo.

A disciplina escolar não deve ser uma condição almejada pelo professor como resultado de características individuais dos alunos, mas uma condição construída em processo de natureza social, que apresenta vários desdobramento e situações diversas nem sempre favoráveis e “satisfatórias”, mas que fazem parte do processo socioeducacional.

A perspectiva processual aponta para a necessidade do professor adotar alguns cuidados como por exemplo: evitar a rotulação de comportamento e de alunos; contextualizar os comportamentos dos alunos identificando a condições e situações que os favoreceram e condicionam, inclusive e sobretudo a metodologia de ensino adotada e a relação professor-aluno; analisar as atitudes pessoais e a relação entre as mesmas e o comportamento dos alunos; identificar comportamentos e desempenhos limitados e inefetivos, e condições que possam favorecer a aprendizagem a partir dos mesmos e a sua superação para a formação em estágios mais efetivos; prestar atenção à dinâmica de relacionamento entre os alunos e sua evolução. Nesse conjunto de atenções e cuidados é importante que o professor tenha em mente que o comportamento é circunstancial e eventual, em vista do que, deixar que se repitam sem a reorientação das circunstâncias que os facilitam, permite que eles progridam, proliferem e sejam reforçados, em cujo caso, as vítimas da omissão docente passam a ser culpados das “falhas”de seu desempenho.

Disciplina é resultado de relação interpessoal que ocorre na sala de aula

Uma professora participante de uma oficina sobre disciplina na sala de aula afirmou: “disciplina em sala de aula seria algo mais fácil e natural, na medida em que reconhecêssemos o aluno como uma pessoa dotada de sentimentos e, portanto, com o direito de ser respeitado e ouvido. A disciplina não acontece por imposição de autoridade, mas por cumplicidade de ser humano com o outro. A percepção dos limites viria da percepção do outro. A questão é: Como se desenvolve ou se resgata no aluno essa dimensão da relação EU – TU? Como se exercita o respeito, o olhar, a sensibilidade, o cuidado com o outro?”

Esse questionamento da professora surgiu a partir do entendimento de que a característica mais importante do processo ensino aprendizagem liderado e orientado pelo professor é a relação interpessoal entre professor e alunos pela qual se transmite valores, expectativas e se constrói o entendimento de quem somos como pessoas, quais os nossos compromissos e qual o nosso verdadeiro exercício em relação aos mesmos. Conforme Carl Rogers afirmou, educação é processo de relacionamento interpessoal e, portanto, condição fundamental para o desenvolvimento de seres humanos. Sem esse entendimento, não se pode ter educação e sim apenas instrução e treinamento, condição em que os computadores e a educação a distância podem ser mais efetivos.

É importante reconhecer que a dimensão do relacionamento interpessoal torna o professor não apenas insubstituível, mas imprescindível, assim como expressa a medida em que a educação é um processo humano. É na medida em que se desconsidere ou abdique dos cuidados necessários para a construção de relacionamentos humanos – que devem ser autênticos -, que se pode considerar ser o professor melhor substituído por meios da tecnologia. Estes, então, ganham uma dimensão de importância diferente, deixando de ser o que deveriam ser: ferramentas de apoio nas mãos de bons professores, e transformando-se, inadequadamente em centro do processo de ensino.

A sala de aula é um ambiente de relacionamento entre professor e alunos e de alunos entre si, de cuja qualidade depende a motivação do aluno para a aprendizagem, a constituição de ambiente propício para tal fim, assim como o atendimento de algumas de suas necessidades básicas, como por exemplo, a de pertencer, de ser aceito, estimado e valorizado como pessoa, dentre outras necessidades relacionadas à natureza humana como ser social, que se realiza em interação com seus semelhantes (Lück, 2013).

O atendimento a essas necessidades, é realizado pelo professor com um conjunto de cuidados simples, mas importantes, como por exemplo: dirigir-se ao aluno pelo nome, o que o leva a conhecer todos os alunos por nome; criar oportunidades para que todos os alunos se expressem, façam perguntas, apresentem sua perspectiva e suas dúvidas sobre o que se está tratando; criar condições para a interação entre os alunos, de forma organizada; observar o desempenho dos alunos, cuidando para integrar em atividades coletivas os alunos que muitas vezes ficam isolados; olhar os alunos nos olhos; conhecer os interesses dos alunos. É importante que o professor realize experiências nesse sentido e construa uma lista própria de cuidados que podem contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de participação e trabalho coletivo marcado por interações interpessoais positivas na sala de aula.

É importante ter em mente que o respeito entre professor e alunos e dos alunos entre si corresponde a uma circunstância que demanda reciprocidade, cujo exemplo, orientação e liderança, porém, cabem ao professor a quem compete a formação dos alunos que, ensaiam comportamentos para experimentar seus limites, testar os professores e também para ventilar suas frustrações.
As aulas como processo de aprendizagem significativa correspondem a circunstâncias socioeducacionais em que os alunos devem ter a oportunidade de interagir de forma dinâmica e contínua, a fim de que desenvolvam competências sociais importantes tanto na criação de condições básicas da cultura de aprendizagem, como para o desenvolvimento de competências que os alunos necessitam para a vida, como por exemplo, a canalização de energia pessoal em atividades, a capacidade de ajustar-se a uma dinâmica comum de atividades coletivas, dentre outros aspectos.

Motivação e disciplina

Sabe-se que a disciplina é conseguida, na medida em que o aluno esteja envolvido e motivado nas experiências de aprendizagem.Porém é importante que motivação, embora seja um elemento interior em relação ao aluno, é uma condição estimulada e orientação externamente pelo professor, sendo totalmente inadequado esperar que o aluno apresente espontaneamente essa motivação. É fundamental entender que a motivação precisa ser estimulada, instigada, orientada e continuamente ativada, pois ela não se mantém constante e de uma vez por todas.

A disciplina está diretamente vinculada às condições motivadoras que o professor providencia o tempo todo em cada aula e que dependem de habilidades docentes diversas promotoras da ativação mental dos alunos, como por exemplo: as que se referem a organizar o contexto da aprendizagem; a estabelecer conexão entre o seu objeto e a vivência dos alunos; a ilustrar com exemplos os conceitos aprendidos; a suscitar a exemplificação pelos alunos; a fazer perguntas reflexivas e problematizadoras; a suscitar perguntas pelos alunos; a variar as estimulações de aprendizagem com dinâmicas de interação, trabalho de grupo, trabalhos individuais e ensino expositivo-dialogado; a estabelecer a organização lógica do conteúdo de aprendizagem, em acordo com o nível de desenvolvimento dos alunos; a monitorar a compreensão pelos alunos sobre o objeto das aulas, dentre outros aspectos.

Conforme depoimento de uma professora: “quando nós [professores] demonstramos aos alunos que gostamos do que fazemos, nos esforçamos para tornar nossas aulas interessantes, prestamos atenção a todos os alunos e nos empenhamos por mantê-los atentos e dinamicamente envolvidos nas aulas, então temos aulas interessantes e alunos interessados. E se há interesse, há motivação e há disciplina.” Nessas circunstâncias, pode-se dizer que há um processo educacional voltado para a realização de aprendizagens significativas.

Deixar que nossos alunos participem mais, ser o mediador e que nosso aluno seja o descobridor. Dessa maneira, tendo alunos mais participativos, teremos menos indisciplina e mais participação, pois os alunos estarão canalizando positivamente suas energias.

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